ATÉ QUALQUER DIA...
Ontem fui até CASCAVEL para o velório e sepultamento de uma grande amiga, a inesquecível D. TRANQUILIA MANARIN. Amiga e conhecida da família desde 1972. Sem dúvida a melhor e mais amável pessoa que conheci. Italiana sim, mas de espírito gentil e apaziguadora. Prestativa. Senhora de fé católica inabalável. Sempre pronta para ajudar sem esperar nada em troca. Nos últimos 10 anos lutou e venceu o câncer, parkison, hepatite, diabetes, mas infelizmente foram muitas sequelas e ela não conseguiu resisitr a uma infecção por fungos. Para os filhos e netos eu imagino o quanto a dor é insuportável e inaceitável . Pouco posso dizer senão lembrar que a tristeza também é parte do nosso SER humano. Tristeza e alegria caminham de mãos dadas. Eu fico com uma tristeza sufocante e tento resgatar as boas lembranças. Do queijo que eu vi ela fazer com a "NONNA" lá na fazenda. Dos potes de geléia de maçã que ela me enviava todos os anos. Das brincadeiras no balanço no jardim cheio de anões da casa dela. Daquela casa sempre limpa, arrumada e com cheiro de comida gostosa. Ela se lembrava de mim como "o menininho da mochila nas costas que escalava a caixa d'agua". Me despedi com um toque em suas mãos frias e pele macia. Um último beijo na fronte. O corpo dela está morto, mas permanecem vivas as lembranças e exemplos de como ser uma pessoa única. Fico com muita tristeza e um grande desejo de que ela permaneça na sua contagiante PAZ. Ela acreditava na ressureição e na vida eterna, então prefiro não dizer ADEUS... até qualquer dia D. Tranquilia.
FOTO BY JOPZ DO JARDIM EM FRENTE A CAPELA
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